A União Europeia e os EUA aprovaram hoje, pela primeira vez, uma resolução conjunta para colaborar em matéria de combate ao terrorismo e que se centra, em particular, na questão da segurança aérea.
A declaração conjunta foi aprovada hoje pelos ministros do Interior europeus e pela secretária de Segurança Nacional norte-americana, Janet Napolitano, no arranque da reunião informal dos responsáveis de Justiça, Administração Interna e Imigração dos 27.
"Este é o primeiro acordo em matéria de politica anti-terrorista (entre a UE e os EUA). Que nos obrigará a avançar em vários capítulos para adoptar decisões mais concretas na cimeira bilateral (UE-EUA) de Março", explicou aos jornalistas Alfredo Pérez Rubalcaba, ministro do Interior espanhol.
"É uma resolução que parte de elementos comuns que partilhamos, como o risco, porque os terroristas são os mesmos dos dois lados do Atlântico, e a vontade de preservar o nosso modo de vida, os nossos princípios e valores", afirmou.
O acordo abrange questões como o reforço da segurança dos documentos de viagem, recurso a elementos biométricos e a inspecção de passageiros.
De fora do acordo fica qualquer referência específica a tecnologias ou instrumentos que possam vir a ser usados, como os polémicos scanners corporais que no caso da UE, dependem ainda de uma decisão dos 27 que só será tomada depois de concluídos relatórios sobre temas de privacidade, saúde e "eficácia".
Uma decisão sobre a matéria -- que segundo Rubalcaba nem foi sequer debatida hoje em Toledo - será, no caso da UE, tomada pelo conselho de ministros dos Transportes dos 27.
Ambas as partes pretendem, segundo a declaração conjunta, colaborar na identificação "o mais cedo possível" de pessoas que "possam representar um risco" para a segurança, identificar substâncias ilícitas que possam ser levadas ou enviadas por avião e fomentar o diálogo e colaboração conjunta com terceiros países.
mais informações em http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1475456
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